quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quem não pode ir para Berlim vai para Pomerode

Olá Pessoal!

Realmente faz um bom tempo que não escrevo neste meu blog, resolvi voltar mantendo o espírito irreverente que tenho dentro e fora das corridas, e é o que se pode notar no curioso título que escolhi para esta postagem, assim como a frase "Quem não pode ir para Berlim vai para Pomerode" também criei a frase "Quem não pode ir para Londres vai para Londrina", ambas foram inspiradas no velho ditado popular quem "Não tem cão caça com gato", ou seja ao invés de ficarmos se lamentando em não podermos participar de corridas na Alemanha ou na Inglaterra podemos conhecer correndo as cidades aqui mesmo no Brasil que foram fundadas e inicialmente colonizadas por alemães e ingleses, e veja bem essa dica serve tanto para quem não pode viajar para o exterior como também para quem já viajou mas ainda não conhece essas cidades pitorescas e imperdíveis.

Neste caso vou contar o que aconteceu na 4ª Meia Maratona Cidade de Pomerode, antes faço questão de agradecer o amigo Ricardo Ziehlsdorff, diretor da Corre Brasil, empresa que organiza essa prova, pelo convite que me fez este ano no Adventure Fair para fazer a cobertura fotográfica deste belíssimo evento.

Cidade Mais Alemã do Brasil

Pomerode é um município do estado de Santa Catarina, surgiu com o início da imigração alemã no Brasil, a colônia foi criada em 1861 pelos imigrantes pomeranos, a maior parte desses imigrantes alemães vieram da histórica região da Pomerânia, de onde se origina o nome do município, situada entre o norte da Alemanha e a Polônia.

Os pomeranos são descendentes de uma mistura de povos germânicos e eslavos e, desde o século XII, quando passaram a fazer parte do Sacro Império Romano-Germânico, sofreram um processo de germanização de seu idioma e costumes. Quando chegaram ao Brasil, os pomeranos não se identificavam como alemães, pois possuíam características culturais distintas. Entretanto, com o passar do tempo, acabaram se incluindo entre os alemães.

Com o fim da II Guerra Mundial, a maior parte da Pomerânia foi anexada à Polônia e apenas uma pequena parcela ficou com a Alemanha, chamada de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Muitos pomeranos se refugiaram na Alemanha Oriental ou emigraram para outros países, perdendo grande parte de seus costumes. Prova disso é que o Brasil tem mais falantes da antiga língua pomerana do que a própria Alemanha. No Brasil, a II Guerra Mundial também foi decisiva para a nacionalização dos imigrantes pomeranos. O ex-presidente Getúlio Vargas, após declarar guerra à Alemanha, proibiu o uso da língua alemã no País, a construção de casas com arquitetura germânica e as manifestações ligadas à cultura da Alemanha. Isso afetou Pomerode e todas as demais colônias no Brasil, que passaram a se abrasileirar cada vez mais.

Ao todo, 300 mil brasileiros são descendentes de alemães pomeranos. (*)



Véspera da Corrida

Aproveitei os dias 28 e 29 de outubro para bater várias fotos da ainda bucólica cidade. A entrega dos kits foi feita no dia 29 de outubro, das 9h às 18h30min, o local escolhido foi o Pavilhão de Eventos de Pomerode, mesmo local onde ocorre a já famosa Festa Pomerana, no mesmo local entre 18h30min e 21h30min ocorreu o já tradicional Jantar de Massas.

A Corrida

Após apreciar o típico café da manhã pomerano que foi oferecido no Hotel Schroeder onde eu estava hospedado juntamente com os "marcadores de ritmo" da Revista Contra-Relógio, fui para a tão aguardada largada, ainda tive tempo de arrumar um chapéu típico da região para prestigiar a bucólica cidade e seu simpático povo.

Marcadores de ritmo da Revista Contra-Relógio


Na largada contamos com a presença do padrinho da prova, o ultramaratonista Bernardo Fonseca que foi destaque no programa Fantástico da rede Globo de televisão por ter vencido em dois dias consecutivos a maratona de 42 km e a ultramaratona de 100 km respectivamente ambas na Antártida, sem dúvida um super desafio.


Momento da largada


Passando pelo principal pórtico da cidade


Carlos Hideaki acompanhando os marcadores de ritmo Sergio Rocha e ...


Alcançando os marcadores de ritmo que corre a 5 minutos por quilômetro.


E eis que eram os meus coelhos, Sergio Garpelli, e os marcadores de ritmo André Savazoni e Tutta.


No percurso muitos exemplos a belíssima arquitetura colonial alemã.


Os corredores estiveram cercados por muita natureza e ar puro durante todo o percurso.


Bandas típicas em várias partes do percurso.


No percurso de volta uma grata surpresa, o encontro de dois conhecidos organizadores de corrida do estado de Santa Catarina, o Kiko do Mountain Do e o Raul Cardoso da antiga e lendária Maratona de Blumenau.


O tapete vermelho no meio do percurso não poderia faltar, como sempre foi colocado para detectar os desonestos "cortadores de caminho".


Finalmente me aproximo do tão esperado posto de chope.


Claro que não ia perder a oportunidade, tomei dois chopes e ainda tirei uma foto com a banda típica junto com o amigo corredor de Joinville que por coincidência também me acompanhou durante grande parte do percurso do Desafio Praias e Trilhas que teve semana passada, pelo visto a prova anterior fez muito bem para ambos, estavamos num ritmo muito bom para quem participou de tão dura ultramaratona uma semana antes.


E da-lhe mais natureza exuberante pelo caminho, essa prova deixa qualquer um da cidade grande "intoxicado" de oxigênio, risos!!!


A prova teve a marcação de quilômetro em quilômetro por todo o percurso.


Mais arquitetura colonial.


Finalmente a tão esperada foto dos primeiros que chegaram depois de mim, vai lá pega o número deles e confere o meu tempo na lista de resultados, risos!!!


Eu e o amigo Sergio Garpelli de Laranjal Paulista.


Sergio Rocha, editor de arte da Revista Contra Relógio, que foi marcador de ritmo, estava feliz da vida no momento da entrega da medalha.


Marcadores de ritmo da Revista Contra-Relógio reunidos com o vários amigos celebrando a chegada da tão alegre e festiva corrida e da-lhe chope, risos!!!


Raul Cardoso, organizador da antiga e lendária Maratona de Blumenau, é entrevistado pelo narrador oficial da prova.


Ricardo Ziehlsdorff, organizador da Meia Maratona Cidade de Pomerode, servindo pessoalmente os corredores após a chegada. Lembrei na música do Jorge Ben Jor, Salve Simpatia, risos, veja o início da letra!!!

Com sorriso, carinho, suavidade, simpatia e amor, esbanjando saúde e alegria,
Ele vai chegar, ele vai chegar
Para animar a festa
Salve simpatia


Praticamente todos os corredores ficaram para ver a premiação


Este é o belíssimo Troféu


E esta é a belíssima Medalha, para Muttley nenhum botar defeito, Medalha, Medalha, Medalha, risos!!!


Essa turma veio do estado do Rio de Janeiro


E essa turma veio da cidade de Salto, estado de São Paulo


O mais curioso é que todos vieram numa Kombi, um dos mais famosos veículos criados na Alemanha, tudo haver, risos!!!


A maior surpresa foi sem dúvida poder apreciar uma roda de capoeira, arte típica da cidade de Salvador na Bahia, praticada pelos pomerodenses, este é o "Grupo de Capoeira Zoeira Nagô de Pomerode".

(*) A fonte sobre as informações da cidade de Pomerode foram obtidas na Wikipédia.
Abraços!

Ligações externas

Site oficial da Meia Maratona Cidade de Pomerode
Artigo sobre a cidade de Pomerode
Meus endereços para contato

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Minha Carreira no Mundo das Corridas (Atualização)

Olá Amigos!

Ontem a noite meu amigo Valmir Terezani que é publicitário e maratonista me pediu que eu preparasse um artigo sobre minha história, eu disse para ele que estava sem tempo e que podia aproveitar minha primeira postagem deste meu blog que se chama "Minha estreia no mundo dos Blogs", mas depois fazendo uma releitura conclui que estava muito desatualizado, pois escrevi minha primeira postagem no dia 11 de agosto de 2009 entre aquele dia até a data de hoje corri mais 11 maratonas e 4 ultramaratonas, então resolvi atualizar minha história, mantendo a parte inicial e acrescentando as últimas realizações.

Até hoje "participei e completei" 31 maratonas e 4 ultramaratonas, sendo que em 28 dessas provas corri com uma câmera fotográfica profissional, fotografando os melhores momentos com um chapéu do tipo "Indiana Jones", o que acabou chamando a atenção de muita gente de dentro e de fora das provas, acabei fazendo muitas amizades pessoalmente durante as corridas e também virtualmente, milhares delas já estão com páginas no Facebook, Orkut e Twitter, também tenho centenas de amigos que escrevem em seus próprios blogs e que estão seguindo esta página.

Por isso sinto-me no dever de passar a atualização do resumo de minha carreira no mundo das corridas.

A minha primeira participação numa corrida oficial foi na São Silvestre de 1981, eu estava com 15 anos de idade, naquele ano fiz a maior parte do treinamento correndo dentro do Cemitério de Vila Formosa, sendo atualmente um dos poucos locais da cidade de São Paulo que mantém em seu interior belas alamedas de terra batida, piso ideal para treinos longos acima de 20 quilômetros, até hoje treino lá e atualmente costumo fazer entre 3 a 5 voltas de um percurso de 4000 metros em terreno misto de terra batida (cerca de 70%), asfalto e paralelepipedo com várias subidas e descidas, o que me possibilita estar preparado para a maioria das provas de rua e mesmo de cross-country.
Já participei de 23 São Silvestres (em 1981 e em todas de 1989 até 2010). Este ano inclusive vou comemorar o 30º (trigésimo) aniversário da minha primeira participação desta que é a mais clássica e antiga corrida da América Latina e uma das mais famosas do mundo. Na São Silvestre de 1994 eu começei a fotografar os corredores, começei com os que estavam fazendo uma homenagem para o Ayrton Senna que havia falecido em maio do mesmo ano, eu era fã do piloto, estava sempre correndo com o boné com a frase "Valeu Senna", reuni todos numa grande turma e tirei umas fotos com a câmera portátil da minha esposa. Comprei uma câmera fotográfica da marca Zenit modelo 122K de fabricação russa, que possibilitou fazer fotos com maior qualidade. No começo eu só fotografava a chegada dos corredores que chegavam depois de mim, pois eu corria sem a câmera e pegava ela com a minha esposa que ficava fotografanto os corredores mais rápidos da prova. "Eu nunca abandonei a corrida para fotografar". Desenvolvi o hábito de correr com câmera na primeira Corrida da Fé no dia 11 de outubro de 2001, foi o criador do Jornal Atividade Física o professor Roberto Lozada que me convidou para fazer a cobertura fotográfica, decidi ir correndo com a câmera fotográfica de frente do estádio do Pacaembu até o quilômetro 38 da Av. Ayrton Senna, para fotografar os corredores durante o percurso. Eu corri a minha primeira Maratona de 42.195 metros no dia 30 de Julho de 1995 em Blumenau (SC) (tempo=4:01:35), e no dia 08 de Outubro do mesmo ano corri a 1ª Maratona de São Paulo (tempo=3:55:56), mas a minha melhor marca ocorreu no dia 08 de Julho de 2001, na 7ª Maratona de São Paulo (tempo=3:41:58). Depois completei outras maratonas mas sempre correndo com uma câmera fotográfica reflex e parando várias vezes para bater foto.

Minha largada no Mountain Do da Lagoa da Conceição em Florianópolis.

Atualmente trabalho como fotógrafo na Revista Contra Relógio que foi criada pelo editor Tomaz Lourenço, a minha primeira foto na revista foi publicada em janeiro de 2002 que por coincidência era a tão comemorada edição nº 100, a foto esta na página 13, tenho dezenas de fotos publicadas nas capas da Contra Relógio, veja aqui meu portfólio. Tenho também centenas de fotos publicadas nos vários artigos da revista sendo que escrevi nove deles: em novembro de 2005 (nº 146, página 22 - Mountain Do de Florianópolis), em dezembro de 2005 (nº 147, página 26 - Meia-Maratona Frei Galvão em Guaratinguetá), em junho de 2006 (nº 153, página 24 - Sindeepres no Parque do Carmo e Corrida Sesc Interlagos), em setembro de 2009 (nº 192, página 36 - Estação Maratona: fugindo da mesmice e página 42 - Super Maratona de Nova Friburgo), em novembro de 2009 (nº 194, página 28 - Mountain Do da Lagoa da Conceição)e em agosto de 2010 (nº 203, página 28 - No Desafio Urubici, 27 km subindo, 25 km descendo e página 32 - Revezamento Beto Carrero: corrida, diversão e fantasia).

Minha participação na 3ª Supermaratona de Nova Friburgo, na distância de 50km, que ocorreu no dia 23 de agosto de 2009, foi minha 1ª ultramaratona, meu tempo oficial líquido foi de 05h12m41s.

A Contra-Relógio foi a primeira revista brasileira sobre corridas de rua do Brasil e é lida em todo o território nacional o que ajudou muito na divulgação e no reconhecimento do meu trabalho de fotógrafo corredor, também tenho muitas fotos publicadas nas revistas Super Ação, O2, Runners's World e no Jornal Atividade Física, onde também escrevi meu primeiro artigo sobre atividade física e meio ambiente, em dezembro de 2001 (nº 44, página 5 - Alternativa de Transporte), outros artigos: Junho de 2004 (nº 72, página 6 - Eu e o Governador), Julho de 2004 (nº 73, página 2 - Parque do Piqueri pode virar o "Ibirapuera" da Zona Leste) e setembro de 2004 (nº75, página 6 - Parques e Área Verde). Também participei em outras provas nas mais variadas distâncias, praticamente em todo fim de semana que tinha provas, no meu site estão as fotos que fiz de mais de uma centena de provas, elas estão exatamente na sequência de início, meio e fim de prova, o que permite ao visitante conhecer bem a corrida sem ter tido a necessidade de ir no local, afinal como diz o velho ditado chinês, "Uma imagem vale mais que mil palavras".

Chegada da minha 5ª participação consecutiva na Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro, que ocorreu no dia 17 de julho de 2011, meu tempo oficial líquido foi de 04h35m11s.



Antes de clicar nas ligações externar, veja minhas fotos que foram publicadas nas capas das principais revistas brasileiras e também minhas fotos que foram publicadas para fazer a propaganda das maiores provas do Brasil.

Abraços !

Ligações externas

Meu site oficial
Meus recordes pessoais
Relação de todas as maratonas e ultramaratonas que participei
Relação das primeiras corridas que participei
Relação de todas minhas páginas de contato

Segue abaixo todas as fotos de minha autoria que foram publicadas em Capas de Revista, Propagandas de Corridas, Cadernos de Resultados e no Sumários da Revista.